A história do Homem tem sido ao longo dos séculos dividida entre o amor 'a vida - 'a Natureza, ao Próximo, e ao Criador - e ao que não é vida - o culto a elementos da Natureza como se tivessem a existência em si mesmos, ao próximo como personalidades, ao dinheiro, cujo amor é idolatria; e o consequente desprezo ao que é vida, as pessoas, os animais, as plantas, o apego em geral, que é a base de toda idolatria. Se fossemos resumir as Sagradas Escrituras, seria essa a síntese; se formos sintetizar a civilização do novo milênio, ainda esse o resumo.

Se existem temores, são nossos temores; se abismos, nossos também. Desci da montanha antes contemplada, dando-me conta nesse primeiro momento que passara, na medida em que outros o renovam na Palavra, e nas imagens da vida, feita não por mãos de homens, para que me levem de volta.   ¶ 10:15 AM

  Quem situa a criança entre as estrelas, tendo nas mãos a medida exata da distância,in_Bluebonnets?  ¶ 5:41 PM

  Enquanto o dia avança, a esperança de todo ano,
mais ou menos concretizada na sequencia dos dias,
de que tudo irá renascer com a ressurreição

Ricardo
Rocha  ¶ 7:27 AM

  Havia
entre mim e você um reflexo


como
de carro ao sol


na
distância;


uma
borboleta na vidraça.


O
burburinho e o flerte


E
um amor que era semente


E,
por ser semente, não era amor;


Mas,
de todo modo, se cria amor.


Havia
entre nós o mais puro desejo


De
integração. Juntarmo-nos


Ao
som longínquo do vento


De
estimação


Rastreando
as campânulas enredadas


No
balanço da ramagem


Apontando
o futuro nas pupilas


nos
óculos de ouro, sufocadas.


Ah,
uma recepção em Lisboa,


Enfim
terás visto, terás


enfim
vivido!, ao tremular da bandeira


sobre
ti, o estandarte com os dizeres,


ordem
e partilha e algum que entre


pelas
graças da previdência, consolando


um
final de vida inconsolável. A alegria


do
isolamento na privação do básico


que
de há muito tornou-se luxo, uma frase


contida
na estação de ser resgatada pela


semente
do amor, pelo toque inútil


de
um telefone na casa vazia, resgatado


pela
natureza de um olhar rápido


e
apenas curioso que os irmãos


lhe
deitaram. O amor entre nós,


desenvolvido
na desinteração física


e
nas mensagens abençoadamente


distantes,
nos dois em um só e em tudo


nos
dois, um conto que as crianças


fazem
bem em acreditar


com
reservas.

Ricardo
Rocha  ¶ 6:42 AM

  Guarda teus rebanhos pelas vigílias da noite


como quem guarda silêncio perante uma sentença.


Não desejarás mais que anjos venham sobre ti


e a glória divina te cerque de esplendor?


não impedirás que, detendo-se os céus afinal,


te chamem ao telefone ou gritem teu nome


à janela com o único propósito de distrair-te?


mas se esperares, se em silêncio esperares,


eis que os anjos enfim dir-te-ão, de um modo


ou outro dirão, que trazem grandiosas notícias.


Ah, então, ainda que tenhas perdido contato,


ainda que as lágrimas não molhem mais o teu rosto


(porque o lugar delas, em teu cérebro,


foi destruído) ainda assim será possível


que te envolvas. Porém, ausentando-se o Espírito,


como ouviria? Os anjos são aqueles que glorificam,


não mais, e tu quem se maravilha. Diz as palavras,


em silêncio, e a vida florescerá à tua volta.


Diz. Vinde e vede.  ¶ 6:26 AM