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Folhas partidas
Wednesday, November 29, 2006
 
Cat
 
Monday, November 27, 2006
 
...
 
Friday, November 24, 2006
 
Lembremo-nos,
pois, das maças no tempo das maças;



do
contato do fogo com a madeira,



do
girassol e do crisântemo terminal.



Destino
não é uma simples seqüência



de
acontecimentos, música não



são
só notas no papel, pintura



é
mais que tintas sobre a tela.



Fontes
de luz e calor, ao se comprimirem



na
direção do corpo deslocam



a
realidade estacionária.










Um movimento pelos espaços



contra
um futuro fixo,



como
a árvore milenar cheia de animais



abrigados
do inverno inevitável



somos
nós mesmos e Deus,



convergindo
pela manhã.
 
Thursday, November 16, 2006
 
qdo esse amor passe
quem sabe chova
e a gota escorrendo
parecerá uma lágrima
 
 
retorno ao quartinho, com a idéia de escrever, de escrever sem preocupação de publicar ou sobrevivência pq descobri feliz que já tenho subsistência com os meios alternativos de hj, mais tarde poderá ser a internet uma forma de publicação, mas vendo a atividade da clarice, a literatura é praticamente a vida mesma, e isso seria algo como escrever em vez de comer aqui, em vez de dormir ali, em vez de sexo acolá etc. É sobrevida e morte. O fim mas pq fim é preciso dizer algo além de mim mesmo. O quê? não Deus e por isso mesmo; não ser, alguma coisa em torno; não superior mas no msm nivel, aas vezes abaixo. Morri e se morri e ainda sou de alguma forma ha sim esse divino dentro, não eternidade, sobra de tempo, resto de mim...
 
Monday, November 13, 2006
 

Agora faltando pouco pro onibus sair, ainda é como se tudo fosse muito distante, não consigo assimilar, nem tenho vomntade. É como se fosse um morto caminhando. O computador teria custado menos de 800, 52 por mes, e financiado pela caixa ainda mais facilitado. Facilitarem? Q nada, criança... Ve o que vc pode fazer por si mesmo sem esperar grati~dão, amizade ou qualquer sentimento, cada um por si e deuses contra todos. Ainda assim, vou fezli pq ontem, se a casa tivesse dormido mesmo aberta, como estava quando cheguei à noite,m e minha mae dormindo, não sei o que teria sido. Isso ninguém vai lembrar amanhã, é claro, mas eu sei. Eu sei o quanto as pessoas não dão a mínima pros teus sentimentos, cada um voltado pra si mesmo, mas se vou triste, vou calmo também, e isso não é pouca coisa
 
 
Foram-me tiradas as coisas materiais, sociais, afetivas, que eu prezava. Mas, aos poucos, são tirados também de mim os sentimentos de apego, de valorização das aparências e o conformismo ao conceito do que é básico, num processo irreversível, fatídico, escapando a meu controle. E eu disse: "Por quê?" - eu perguntava, eu queria saber; eu não era um profeta. As manhãs voltam, e depois as noites, e meu coração se enchia de amargura. O sol atrai a terra e move-se no infinito, arrasta o planeta consigo, não permite que suma no vácuo; de solstício a equinócio, a humanidade vive uma estação - é assim. O verão está chegando mas o calor não enganará a noção inevitável de outro inverno. Os dias passam, e as noites - quando serei resgatado? (aconteceria?); quando restaurado? Os utensílios de minha normalidade haviam sido tirados um a um: família, amor, amizade, pátria, um bom emprego e as facilidades que dele advém. As luzes se desprendem das folhas e se esvaíam na noite, e me restava somente colocar o coração a serviço da fábrica em meus cadernos, junto ao que deve perdurar - os vislumbres pesados, as asas da sombra, a casa esperada, as esperanças febris -, junto ao tesouro sem traças que me resta.
 
Saturday, November 11, 2006
 

Talvez seja melhor mesmo vc ir, disse o editor-chefe olhando uma folha de calendário na parede, a pressão vai aumentar cada vez mais agora, por causa da Constituição. E como em Portugal a exigência do diploma para exercício do jornalismo não era um progresso estabelecido, vesti a blusa, saí da sala e fui tomar as providencias para a viagem. Dois anos dps, todavia, em 1989, dps de noites sem fim ao relento e dias de fome na formidável europa dos doze, com um romance de verdade, escrito sobre a experiência - "O meu incêndio do Chiado" -, eu estava de volta, e aqui dei com a idéia de Ryoke, supostamente respaldada pelo livro dos recordes ("o maior escritor do mundo" - em número de títulos publicados), a de criar um polo de livros de bolso no interior do ES. Eis a origem de O ultimo Homem, o primeiro deles, rejeitado por fugir dos padroes desse tipo de literatura, que exige lugares-comuns e tem como caracteristica a ausencia de revisao. Tendo resenhado o texto como romance, pode-se dizer que Elias Fajardo foi bondoso comigo, sobretudo nisso de ver ali "um olhar critico sobre o Brasil", quando tudo o que queria era botar comida na mesa. Mais sobre o livro ou a resenha não vale a pena dizer. O hj é o que é, o ontem a infância e amanhã, velhice e morte; entre a mediocridade de Os prazeres e os dias e a genialidade de Em busca do tempo perdido o que há não é nem tanto Proust mas o próprio tempo, fugidio, como as demissoes e os diplomas, o grande jornal e a pequena editora, o riso e a lágrima, a lisonja e a crítica, o ser e o nada - glória é flor e despreza tempestade. Qto a mim, continuo com a carpintaria aberta e imagino que a resenha de O globo não deva mudar nada, pq de fato os formadores de opinião, seja lá o que seja isso, fazem parte do jogo, não fizeram suas regras; e vou seguir vivendo, com pouca gente dando força e muita atrapalhando em tudo, mas quero viver como escrevo, e escrever porque preciso (por que porque preciso, aí já não sei), incluindo rasuras e correções. A ultima estrela da madrugada de sábado se mantém no céu, imponente ou simplesmente só, em minha solidão como um sinal. Que o vento leve o que vejo e veja o vento quando eu não possa mais - a vida segue e a dor continua, não vinda de redações, mas da falta que vc faz, e sequer sei quem é vc, e sequer sei quem, e sequer sei, e sequer - é impossível saber o amanhã, pq os sentimentos atuais não são macios, Não ligue, eles precisam de assunto e não dão a mínima exceto pra seus nominhos em baixo das matérias, Não fale assim, respondo, você não sabe mas eu não ligo não, Mas é sim, querem ver o circo pegar fogo pra botar o microfone na boca chorosa do palhaço e dar balinhas pros seus filhinhos, Eu já disse, cara, não ligo e até acho que o cara foi suave mas - sinceramente? - faz pouca diferença. Deixa eu cuidar da vida e o fazer bem aa minha volta, é esse o dever de todo Homem e este mundo e seus deuses estão pra lá de condenados. Talvez seja mesmo melhor vc ficar, disse minha amiga olhando para a janela, olha só a tempestade que está se formando...
 
Thursday, November 09, 2006
 
Ontem fui visita-la (Nov 9, '06 7:58 AM). Fazia tempo. O comentário de Trilha no link me despertou e fui. Estava sentada, quase como meses antes, na ultima vez que a vi, nem deu por mim. Acho que pensava Onde ele estará agora? Porque só quem não tem nada não tem nada a perder Ei, ela me viu. Você? Acho que sorriu. A música é quase um outro grau de silêncio. Estamos sós e é como ficaremos. Nao temos mais direito nem de causar sofrimento e muito menos permitir que nos continuem causando. Senta, ela disse. Tomou minhas mãos e, efetivamente, sorrimos. Não me dês, Senhor, nem a pobreza nem a riqueza, mas mantêm-me da porção acostumada. Ela perdeu parte da familia no acidente ea outra parte a deixou só na cadeira, e desde então dá mais valor às relações não sanguíneas. Sabe, disse a menina que ela cria, que ela ainda faz aquele plantão no hospital do cancer e agora termina um livro de memórias? É que não tem nada, penso, e quem não tem nada dá valor a tudo, respeita tudo, não pode ter medo de nada porque ama tudo e onde há amor não existe temor. Bom te ver, escutei enquanto batia a porta atrás de mim. E como foi bom pra mim também!... E descendo soube que vai sair a matéria no sábado sobre o livro que está na net. Resolvi tentar a travessia, se não der mesmo, paciência, tentei. Mas já pensaram se der, uau. Carla voltou mais calma, estive com ela ontem também, é a idade decerto (fez trinta e um). Como nada é perfeito, antes de sair, aquela velha história em casa. Mas há que ter tolerência (conselho de uma sábia, a Vanessa). Alguém dentre os anjos quando clamei me respondeu.
 
Wednesday, November 01, 2006
 
A excitação que toma forma em nossos corpos, sendo a nós mesmos como se nós mesmos fosse, não permite descanso. Vem a noite, os compromissos passaram, um ultimo desejo, mas a gente não relaxa, não descansa, mantém-se como aa espera de uma nova inquietação, que não há, mas, tão inquietos estamos, que isso já não faz a menor diferença...

Porque quando eu clamo só escuto o eco, penso se alguém além da pedra terá ouvido minha voz; porque grandes cabeças e corações, esquecidos na terra plana, igual, sem montes nem imponência, mortos, estão ainda vivos para si mesmos, disse a mim mesmo que não esqueceria e iria subir até onde exista paisagem além da devastação, e os irmãos sejam pequenos e só pessoas sem laços de sangue morem e amem na casa onde a diferença permanece e o silêncio seja muito mais que intervalos entre a palavra
apodrecida na normalidade.

Devo esperar? Entre a vida interior e a exterior forma-se um abismo tal que muitas vezes não se tem acesso a nenhuma delas, em ir ao encontro de um desejo. Então não desejo, sim espero. Esperar porém se torna inútil, nada acontece. Percebo. E nada mais espero.
 
blog de Ricardo de Almeida Rocha Este ano: ricardr - rocha on the horizont mail: Ricardo

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