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Folhas partidas
Sunday, January 15, 2006
 

Não sou mais jovem e não tenho mais a velha nervosa nervosa verve e me tornei não sei que tipo de mendigo afetivo entre o Leme e o Vidigal, não sou mais calmo e não mais acredito na maioria das coisa em que acreditava, não tenho mais aquela leveza pra dançar, aquela graça de contar casos, aquela pele lisa, aqueles tantos amigos. Não sou mais desejado, não tenho mais casa propria, apaguei quase todas as lâmpadas da casa. Ainda me revoltam as desigualdades mas desisti de revoluçoes, preso fiquei na mudança frustrada de mim mesmo - leio menos, namoro menos, caminho menos, nado mais quase nada. O sol vai se por neste domingo e hesito em ir ao Arpoador sozinho, não saio mais muito aas noites, sou agora do amanhecer silencioso, em meus pensamentos, ao pé das ondas. Não bebo mais, não fumo faz tempo, converso pouco, tudo que quero é a essencia das coisas: limitado assim me tornei.
 
Friday, January 13, 2006
 
pode ser que essa angustia tenha a ver com a tomografia na segunda, desde o horário - terei de acordar 3 horas. A ideia de reescrever já publicando Folhas como blog é reconfortante. Mas me sinto muito só.
 
 


O verdadeiro amor separaria as pessoas. Ou você desconhece que, por amor, o amante abrirá mão da amada? e assim a quer: que com outro permaneça entregue à segurança. E que a amante lamente mas não queira impedir a -distante- liberdade do amado? Que conveniência (como a de quase todos os falsos amores) o inverso produziria?



O verdadeiro amor não grita, não ensina porque nada sabe, transforma-se num intenso olhar que morre no nada antes de atingir aquilo que se vê; é feio, o amor, horrível de fato, pois sobretudo doloroso. O verdadeiro amor jamais serviria a um comercial de leite desnatado, plano de saúde ou de cartão de crédito. É demasiado forte para o horário nobre. Reprime o apelo.



Intuitivo, animal, sem razão de ser, o verdadeiro amor é irreal, não existe portanto, exceto entre quatro paredes ou limitado pelos quatro ventos: a felicidade, a prosperidade, a saúde e aquele quarto real, uma cristalização de tudo isso – a futilidade plena da vida normal. O amor existe verdadeiro no sorriso de uma criança – por quanto tempo? Talvez até à criança maior, o adolescente e, golpe de misericórdia, o adulto.



Ah, os mortos precoces...



Renasceremos um dia longe da beleza irreal numa caudalosa existência de amor.
 
blog de Ricardo de Almeida Rocha Este ano: ricardr - rocha on the horizont mail: Ricardo

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